segunda-feira, 27 de abril de 2009

A dieta do Paleolitico

O tipo de alimentação conhecido por dieta do paleolítico é o que se julga ter sido a alimentação dos humanos que viveram entre 40 000 e 10 000 anos antes de nós.

Há 10 000 anos a civilização humana começou a utilizar o fogo. Este facto veio modificar radicalmente a alimentação humana pois permitiu começar a cozinhar os alimentos.

A dieta do paleolítico é pois o regime alimentar usado pelos humanos antes de terem a possibilidade de cozinhar os alimentos e antes de terem iniciado as actividades de produção agrícola.

Nessa época os humanos eram caçadores recolectores.

Que alimentos comiam esses nossos antepassados?

Comiam toda a carne de caça que conseguiam, insectos, ovos, algumas raízes, abundante quantidade de folhas, frutos, bagas e sementes oleaginosas. Em algumas regiões dos grandes lagos e da orla costeira de África, comiam ainda peixe, marisco e bivalves.

Sob o ponto de vista nutricional a dieta do paleolítico tem as seguintes características

É muito rica em fibras (algumas raízes, abundante quantidade de folhas, frutos, bagas e sementes);
É muito rica em proteínas (carne de caça, insectos, ovos, peixe, marisco e bivalves);
Tem grande quantidade de óleos polinsaturados essenciais ómega 3 (peixe, marisco e bivalves);
É muito rica em vitaminas, minerais e antioxidantes (abundante quantidade de folhas, frutos, bagas);
Tem pequena quantidade de gordura saturada (a carne de caça é pobre em gordura saturada e tem alguns óleos ómega 3);
Não tem hidratos de carbono de alto ou médio índice glicémico;
Não tem lácteos nem derivados.
Em resumo podemos dizer que a dieta do paleolítico era rica em proteínas, moderada em gordura, baixa a moderada em carbo-hidratos, rica em fibras, com baixo conteúdo em sal e muito rica em vitaminas minerais e antioxidantes.

A dieta do paleolítico e as enzimas digestivas

Sabemos que as enzimas digestivas necessárias para digerirmos bem e assimilarmos convenientemente um novo alimento, quer dizer, para sermos capazes de aceitarmos e integrarmos no nosso organismo os constituintes de um novo alimento, podem demorar ente 5 000 a 10 000 anos a serem criadas em resposta ao repetido contacto com esse novo alimento.
Significa isto que actualmente as enzimas digestivas de que dispomos não serão muito diferentes das que os nossos antepassados tinham há 10 000 anos.

O conjunto de alimentos que constituiu o regime alimentar humano ao longo destes 10 000 anos foi sendo gradualmente modificado. No entanto, foi durante os últimos 100 anos que houve uma alteração muito marcada do regime alimentar. Nas últimas décadas assistimos à introdução de milhares de novas moléculas no regime alimentar das sociedades industriais desenvolvidas. Para além da transformação industrial dos alimentos levar à criação de inúmeras novas moléculas no alimento transformado, a adição de corantes, conservantes, aditivos alimentares e organismos geneticamente modificados multiplica de uma forma quase incalculável a quantidade de novas substâncias que ingerimos e para as quais não temos enzimas capazes de poderem metabolizá-las.

Os defensores da dieta do paleolítico referem que esta falta de enzimas, capazes de lidar com todas estas novas substâncias que inundam os alimentos actuai, são uma das causa de doenças crónicas dependentes dos alimentos e ressaltam a vantagem de manter um regime alimentar para o qual nos fomos preparando durante muitos milhares de anos, justamente a dieta que permitiu aos nossos antepassados evoluírem e desenvolverem o seu potencial cognitivo.

A dieta do paleolítico e o desenvolvimento cognitivo

Contrariamente a outros, os habitantes da região africana dos grandes lagos, zona de onde se acredita ter emergido o Homo sapiens, podiam dispor para se alimentarem de abundante quantidade de bivalves e marisco, alimentos muito ricos em ácidos gordos polinsaturados ómega 3.
Segundo alguns autores, foi exactamente a ingestão destas generosas quantidades de ácidos gordos polinsaturados ómega 3 que permitiu a estes nossos antepassados do paleolítico desenvolverem o seu cérebro e as suas capacidades cognitivas de uma forma jamais conseguida por nenhum outro ser vivo.
O cérebro humano é um órgão com grande percentagem de gordura constituída essencialmente por ácidos gordos polinsaturados ómega 3, com especial relevância para o DHA. Na falta destes nutrientes essenciais as células do cérebro não podem desempenhar as suas funções e é frequente surgirem dificuldades de memória e de concentração, perturbações de sono, e o aumento de manifestação de sinais de ansiedade, irritabilidade e depressão.

A dieta do paleolítico evita o perigo das lectinas dos cereais

Nessa época muito distante a espécie humana aprendeu que muitos tubérculos, grãos de cereais e leguminosas não podiam ser comidos, pois causavam avultados danos no organismo. Eram simplesmente tóxicos.

Com a possibilidade de cozer os alimentos verificou-se que tubérculos e grãos, que eram tóxicos se comidos crus, passavam a ser melhor tolerados quando cozinhados. Cereais e tubérculos vieram então a integrar a alimentação humana e foram tanto mais utilizados quanto a agricultura se desenvolveu e permitiu a sua produção em maior escala.

Hoje sabemos que os grãos de cereais e alguns tubérculos têm na sua superfície lectinas, substâncias químicas que servem para defender esses grãos do ataque de microrganismos - bactérias, vírus, fungos e parasitas - e que são tóxicas para o nosso organismo, embora possam diminuir a sua toxicidade quando os alimentos são submetidos a cozedura.

As lectinas são, pois, substâncias bioquimicamente muito activas. Trabalhos publicados na última década demonstraram que conseguem manter a sua actividade mesmo depois dos alimentos serem cozinhados.
As lectinas ingeridas com os cereais, as leguminosas e alguns tubérculos estão, recentemente, a ser associadas ao desencadear e manutenção, no organismo humano, de alergias, inflamação e hiperpermeabilidade intestinal bem como a algumas doenças autoimunes.

Estes conhecimentos permitem compreender os sucessos que são atribuídos à dieta do paleolítico no equilíbrio e tratamento de doenças alérgicas e autoimunes ou doenças que envolvem processos inflamatórios crónicos.

Que alimentos compõem a actual Dieta do Paleolítico?

Os alimentos constituintes desta dieta definem-se melhor por exclusão.

Na Dieta do Paleolítico não podem entrar

Açúcar ou quaisquer alimentos adoçados;
Leite e todos os alimentos lácteos;
Cereais e todos os alimentos produzidos com cereais;
Batata ou batata doce;
Leguminosas, incluindo, feijão, soja e lentilhas.
A Dieta do Paleolítico será então constituída por:

Carne e peixe o menos processada possível. É habitual o recurso a estes alimentos crus ou fumados;
Ovos, marisco e bivalves;
Sementes de oleaginosas;
Legumes folhosos e frutos em abundância. São preferidos os frutos silvestres e os morangos, sendo evitados os frutos que foram sofrendo muitas alterações de melhoria de produção e têm maior valor calórico;
Muito raramente pode ser usado algum mel.

Dieta Macrobiotica

A macrobiótica não é apenas uma culinária ou uma dieta. Ela é dita por seus praticantes como um verdadeiro estilo de vida. O “macro” significa “grande” e o “bio” vem de “vida”. A idéia é que você é feito daquilo que come. Acaba sendo uma mistura de arte e ciência divulgada pelo japonês George Ohsawa no ocidente por volta da década de 60. O objetivo é prolongar a vida de forma saudável com base em regras alimentares.

A dieta macrobiótica tem como base a dieta vegetariana que era muito comum entre os povos do oriente. Existe uma estreita relação entre a alimentação macrobiótica e a religião, principalmente o Budismo onde precisamos equilibrar as forças yin e yang no nosso organismo. Assim os alimentos são classificados como sendo yin e yang.

A base da dieta é de cereais integrais tendo como principal o arroz. Frutas como melancia, morango e maça são muito usadas. Entre as verduras e legumes as principais são: cenoura, inhame, abóbora, acelga, entre outros. Carnes, açúcar e alguns condimentos não estão presentes. Existe toda uma técnica para o corte e preparo dos alimentos e também com relação a suas combinações.
A dieta é bem rígida e radical por isso quem é especializa em alimentação macrobiótica recomenda que seja aplicada de forma gradativa. Aos poucos você pode diminuir o consumo de determinados alimentos introduzindo outros no lugar.

No caso do açúcar. Na dieta macrobiótica ele é substituído pelo xarope de malte de cevada. Nem sempre estes produtos são fáceis de encontrar. Praticamente todos os alimentos são preparados por cozimento.

O cardápio macrobiótico varia dependendo da estação do ano. Na primavera predomina os alimentos crus, frutas e verduras, brotos de alfafa, brotos de feijão, pouca proteína animal, algum cereal. No verão temos verduras, folhas verdes e principalmente muitas frutas e mel para repor os minerais que perdemos ao suar. No outono começa a fase das raízes, dos temperos picantes como o gengibre, nozes, sementes, feijões e cereais. No inverno estão mais presentes os cozidos, os cereais, as nozes e um pouco mais de sal.

Exemplo de Cardapio

Segunda Feira

Café da manhã
Creme de arroz

Almoço
Arroz ou pio integral; nabo, etc.

Jantar
Pastéis de trigo integral ou de trigo sarraceno; sopa russa

Terça Feira

Café da manhã
Creme de aveia

Almoço
Cachá. Refogado Nituke de agrião, etc

Jantar
Macarrão de trigo sarraceno (sopa)

Quarta Feira

Café da manhã
Cremo de farinha de trigo sarraceno

Almoço
Arroz integral com legumes

Jantar
Sopa de polenta

Quinta Feira

Café da manhã
Creme de arroz

Almoço
Arroz integral; Cenoura e cebola à milanesa, com molho japonês

Jantar
Sopa de legumes, pão integral ou pão "Ohsawa"

Sexta Feira

Café da manhã
Pão integral com missô

Uma taça de leite Uma taça de leite macrobiótico (Kokkoh)

Almoço
Arroz integral com legumes à milanesa e molho japonês

Jantar
Trigo sarraceno

Sábado

Café da manhã
Creme de aveia

Almoço
Arroz integral frito; refogado de cenoura e abóbora

Jantar
Sopa de abóbora e pão integral

Domingo

Café da manhã
Pão integral com missô e uma taça de café de cevada ou "Obsawa"

Almoço
Trigo sarraceno frito, pão integral o café "Ohsawa" ou de cevada

Jantar
Arroz integral

Dieta do Dr. Atkins

A dieta do Dr. Atkins ganhou muita popularidade e causou muita polêmica no final dos anos 90. A teoria proposta pelo Dr. Atkins é que, a principal fonte de energia para o corpo são os carboidratos. Reduzindo a ingestão de carboidratos, o corpo precisa procurar outra fonte de energia, e no caso, o corpo queimaria gordura, processo conhecido por cetose. O Dr. Atkins também afirma que os carboidratos favorecem a produção de insulina e ela seria responsável em converter o excesso de carboidratos em gordura.

Qual a quantidade de carboidratos ingerida numa dieta normal?

Os níveis normais de carboidratos em uma dieta normal é de aproximadamente 200 gramas por dia

O programa da dieta do Dr. Atkins possui 4 fases

Indução

Dura em torno de 2 semanas e tem o objetivo de forçar o corpo a entrar no processo de cetose rapidamente, limitando o consumo de carboidratos a 20 gramas por dia. Nessa fase é onde ocorre a maior perda de peso (3 a 4 kg). Nessa fase estão liberados carnes, queijos e outros produtos ricos em gordura enquanto apenas os vegetais com baixo teor de carboidratos são permitidos, como brócolis, tomate e alface, mesmo assim limitados a 3 porções pequenas por dia.

Perda de Peso Contínua

Nessa fase, a ingestão de carboidratos pode ser aumentada em 5 gramas por dia e dura até que o peso esteja em torno de 5 kg acima do desejado. O objetivo dessa fase é determinar qual a quantidade de carboidratos máxima que faz com que você perca peso.

Pré Manutenção

A ingestão de carboidratos é aumentada até que se determine a quantidade que faça com que a pessoa não ganhe peso.

Manutenção

Fase que incentiva a pessoa a manter os hábitos alimentares das fases anteriores e dura pelo resto da vida, com possibilidade de voltar às fases anteriores caso necessário.


Um cardápio da Dieta de Atkins como exemplo

Segunda-feira

café da manhã
1 fatia grossa de queijo- de-minas / 1 xícara de leite desnatado café ou chá / 1 pêra

lanche da manhã
1 polenguinho

almoço
1 filé de salmão grelhado (180 g) / 6 colheres (sopa) de brócolis refogado / 1 prato de salada verde com 1 fio de azeite, limão e sal / 1 copo (200 ml) de suco de maracujá

lanche da tarde
1 iogurte desnatado de frutas

jantar
1 prato fundo de salada: alface crespa + agrião + 8 tubetes de kani + 40 g de queijo tofu em cubos / molho: 1 colher (sopa) de mostarda
+ suco de 1/2 laranja + 2 colheres (chá) de azeite

ceia
1 copo (200 ml) de suco de morango ou melancia.

Terça-feira

café da manhã
1 iogurte natural + 2 colheres sopa) de aveia + 1/2 mamão papaia / 1 xícara de leite desnatado, café ou chá.

lanche da manhã
1 fatia grossa de queijo-de-minas

almoço
1 berinjela recheada com carne moída / 6 colheres (sopa) de espinafre refogado / 1 prato de salada de folhas (com um fio de azeite)

lanche da tarde
1 copo de limonada / 1 polenguinho

jantar
1 prato de sopa de legumes (abobrinha, acelga, cenoura, chuchu,
alho-poró, espinafre, tomate etc.) / 1 filé de frango (150 g) grelhado ou assado com fatias de cebola e tomate / 1 prato de salada de alface (temperado com molho de iogurte)

ceia
1 danoninho

Quarta-feira

café da manhã
1 fatia de melão / 3 fatias de presunto magro / 2 fatias de queijo prato / 2 fatias de pão integral / chá de ervas ou frutas
lanche da manhã: 1 iogurte light de frutas

almoço
1 omelete (3 claras e 2 gemas) com 1 fatia de queijo branco / 6 colheres (sopa) de legumes cozidos / 1 prato de salada de folhas (temperada com azeite, sal) / 1 fatia de abacaxi

lanche da tarde
1 polenguinho + 1 água-de-coco

jantar
1 prato de salada: alface + tomate e cenoura +1 filé de frango grelhado em cubos + 1 colher (sopa) de molho de iogurte

ceia
1/2 papaia.

Quinta-feira

café da manhã
1 taça de salada de frutas / 1 iogurte desnatado / 1 copo (200 ml) de suco de acerola

lanche da manhã
1 torrada integral com requeijão light ou com 1 fatia média de ricota

almoço
6 colheres (sopa) de picadinho de carne / 2 colheres (sopa) de arroz integral / 1 prato de salada de folhas (temperada com shoyu) / 1 fatia de melancia ou melão

lanche da tarde
1 danoninho / 1 copo (200 ml) de suco de caju

jantar
1 filé de salmão (180 g) ensopado com legumes / salada de folhas, tomate e lascas de parmesão (temperada com 1 colher de chá de azeite)

ceia
1 pêra

Sexta-feira

café da manhã
1 taça de salada de frutas / 1 iogurte desnatado / 1 copo de suco de melão

lanche da manhã
1 iogurte light

almoço
2 coxas de frango assadas sem pele / 6 colheres (sopa) de abóbora refogada 1 prato de salada de folhas com palmito (temperada com shoyu) / 1 tangerina

lanche da tarde
1 polenguinho / chá diet

jantar
1 hambúrguer (180 g) 1 prato de salada de pepino, tomate, folhas verdes, com molho de mostarda

ceia
1 xícara de morangos

Sábado

café da manhã
1 torrada integral com 1 fatia média de ricota / 1/2 papaia / 1 xícara de leite desnatado, café ou chá

lanche da manhã
1 fatia de queijo-de-minas

almoço
1 bife grelhado 150 g / 6 colheres (sopa) de couve-flor cozida / 1 prato de salada de folhas (temperada com um fio de azeite, sal e limão) / 1 fatia de abacaxi
lanche da tarde: 1 frozen iogurt ou 2 danoninhos

jantar
1 sanduíche com pão integral, atum (em lata), cenoura ralada e 1 colher (chá) de maionese light / 1 prato de salada de folhas (com azeite e sal)

ceia
1 fatia de melão

Domingo

café da manhã
1 iogurte batido com morangos (e adoçante) / 2 fatias de presunto magro / 1 fatia média de queijo-de-minas / 1 copo (200 ml) de suco de mamão

lanche da manhã
1 xícara de leite desnatado, café ou chá

almoço
4 salsichas de peru cozidas ou grelhadas / 2 colheres de sopa de repolho refogado / 1 colher (sopa) de mostarda / 1 prato de salada de folhas verdes e tomate com molho shoyu / 1 copo de limonada

lanche da tarde
2 polenguinhos / chá diet

jantar
1 filé grande de frango grelhado ou assado com cebolas / 1 prato de salada: alface, rúcula (ou agrião), pepino, com 1 colher (sopa) de nozes picadas e molho de iogurte

ceia
1 copo (200 ml) de suco de morango